Patos-reais petroleados

No dia 18 de Abril de 2012, a equipa do CRAM foi alertada para um derrame de um poluente nua ribeira, situado num jardim no centro da Marinha Grande, onde existia uma população residente de patos reais (Anas platyrhynchos). Quando chegou ao local, a equipa deparou-se com 57 animais (48 adultos e 9 crias). Todos eles petroleados. A par dos animais, existiam ainda 10 ovos. Tanto os animais como os ovos foram recolhidos e transportados para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios.

 

À chegada ao centro, fez-se o exame físico a cada um dos animais e procedeu-se à sua estabilização. Estes foram hidratados e foi-lhes administrado oralmente Enterex®, de modo a evitar a absorção do poluente. Os ovos foram devidamente acondicionados e colocados numa incubadora.

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No segundo dia e após garantir que todos os animais se encontravam em perfeito estado de saúde, procedeu-se à lavagem dos patos.

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Depois de lavados, eles foram colocados em caixas com taças de água e comida.

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Após terem recuperado a impermeabilidade os animais foram transferidos para uma piscina.

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Quando ficaram totalmente recuperados e se verificou que a ribeira de onde eram originários já estava limpa, foram preparados para devolução à natureza. Foram todos anilhados.

No dia 27 de Abril de 2012, foram devolvidos ao seu habitat 48 patos-reais.

Os 9 patos reais crias, continuaram no CRAM até atingirem o tamanho adequado para serem devolvidos, o que acabou por acontecer no dia 8 de Maio de 2012.

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Os ovos continuaram na incubadora e diariamente eram submetidos a um controlo a fim de verificar a evolução do seu peso e viabilidade. No dia 24 de Abril eclodiram dois e no dia 16 de Maio eclodiu um. Estes 3 patos reais crias nascidos no CRAM foram mantidos em reabilitação até atingirem o peso adequado e posteriormente foram libertados.