Touché e Daisy
Em Fevereiro de 2007 deram entrada no CRAM duas tartarugas marinhas da espécie Caretta caretta: o Touché e a Daisy.
O “Touché” tinha cerca de 40 anos e tinha sido capturado acidentalmente em artes de pesca junto à Figueira da Foz. Foi levado para cativeiro porque estava ferido, tendo sido mantido nos tanques de uma marisqueira.
A “Daisy” foi capturada acidentalmente, 10 anos mais tarde que o “Touché” nas águas de Marrocos por um barco português e trazida para o mesmo local.
As duas tartarugas foram mantidas no mesmo tanque de médias dimensões, sendo alimentadas à mão numa rotina diária, até que com a criação do CRAM, e visto serem espécies protegidas, foram entregues voluntariamente para iniciarem um processo de reabilitação com o objectivo de serem devolvidas à natureza.
No CRAM foram colocadas num tanque de 30m3 e foi iniciado um processo de reabilitação com o objectivo de os desabituar à rotina de alimentação à mão e à presença de seres humanos. Ao mesmo tempo foram sendo habituados à procura e captura de alimento vivo, com o objectivo de os preparar para a sua devolução ao mar. Durante este período, os dois ganharam massa muscular, que resultou num aumento do seu tamanho em termos de carapaça e um aumento do peso em cerca de 30 quilos.
Em Dezembro de 2010, foram transferidos para o Oceanário de Lisboa. Estiveram durante 3 anos a integrar a exposição temporária “Tartarugas marinhas” com o objectivo de sensibilizar a população para a preservação do meio marinho e foram devolvidas ao mar no dia 01 de Novembro de 2013.
Nome do Paciente: Touché & Daisy
Espécie: Caretta Caretta (Linnaeus, 1758)
Causa da Entrada: entrega voluntária após cativeiro
Categoria da Red List da IUCN: EN (em perigo)