Seguimento de Aves Marinhas
A marcação de aves marinhas é uma das formas de obter dados sobre a sua distribuição, rotas migratórias, identificar zonas de descanso e invernada, zonas bem como zonas de reprodução. Ao mesmo tempo, é também uma forma de avaliar o sucesso da reabilitação a médio/longo prazo.
Todas as aves marinhas reabilitadas são marcadas aquando da sua devolução à natureza. A marcação básica baseia-se no uso de anilhas da Central de Anilhagem Portuguesa.
Adicionalmente, com o objectivo de avaliar o sucesso da reabilitação das aves libertadas no CRAM, desde 2013 que todas as gaivotas libertadas são marcadas com anilhas de cor, para além das normais anilhas de metal.
Com estas anilhas de cor facilmente podemos fazer avistamentos e identificar as aves sem ter de as recapturar.
O esquema utilizado usa uma anilha de cor azul que mostra um código branco. O código começa com a letra M (de Minho), seguido por dois pontos (:) e 3 números M: 001, M: 002 ~ M: 999, M: 000.
Em 2016 atingimos a meta de 100 gaivotas libertadas com anilha de cor, conseguindo recolher informações de 132 avistamentos relativo a 41 aves, 9 delas em países estrangeiros como Inglaterra, Holanda e Marrocos.
Este esquema está oficialmente registado na organização internacional EURING, responsável pela anilhagem científica na Europa:
http://www.cr-birding.org/nl/node/2332
http://www.cr-birding.org/node/2331
Alcatrazes, gaivotas e corvos-marinhos podem também ser marcados com emissores de GPS/GSM, desenvolvidos no âmbito do projeto LIFE+ MarPro. Estes emissores podem ser usados sob a forma de back-packs ou presos às penas caudais. Estes emissores permitem compreender de uma forma mais detalhada, as rotas e os tipos de usos de habitat efetuados pelos animais mar.
Esforços de marcação estão a ser feitos em indivíduos selvagens para posteriormente comparar os resultados entre indivíduos selvagens e indivíduos submetidos a reabilitação.
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