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A visitação no CRAM

  • CRAM Ecomare
  • 13 Jan 2013

Actualmente, o CRAM não tem possibilidade de receber visitas e por isso a coordenação do Centro decidiu emitir esta nota informativa a todas as pessoas que nos seguem e que nos ajudam no resgate de animais marinhos.

A portaria 1112/2009 refere no seu artigo 4º que:

1 — As instalações referidas no artigo 2.o não se destinam à exibição ao público dos espécimes alojados.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, as acções de visitação poderão ser autorizadas pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I. P., (ICNB, I. P.), aquando do reconhecimento de cada centro, desde que enquadradas em projectos pedagógicos ou científicos dos centros, desde que não exista contacto directo com os espécimes aí alojados e não coloquem em risco o processo da reabilitação dos mesmos.

Infelizmente, há ainda muitas pessoas que não compreende esta situação e enviam comentários do tipo:

“Que visão “conservacionista” tão ultrapassada, deviam por os olhos nos exemplos dos verdadeiros Santuários como os da Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e mesmo na Europa os de UK. Muitos tive o privilégio de visitar, aqui em Portugal é proibido!!! Não é assim que vamos conseguir ajudar a reabilitação, infelizmente.”

Estes comentários são muito desmoralizadores para a equipa e para todas as pessoas que nos ajudam na reabilitação.
Assim, achamos que é importante informar todos os nossos seguidores e apoiantes que:

  1. O CRAM não é um santuário. Um santuário é um espaço semi-naturalizado, muitas vezes com animais irrecuperáveis e, em quase todos os casos que nós conhecemos, aberto à visitação.
  2. Se fizermos uma comparação com um centro hospitalar Humano, actualmente 90 % da área do CRAM corresponde às emergências (local onde recebemos os animais e fazemos os primeiros tratamentos) e à Unidade de Cuidados Intensivos. Apenas um tanque corresponde a uma espaço de reabilitação prolongada. Estes espaços são de elevado risco sanitário e uma visitação a estes espaços poderia resultar em sérios problemas para os animais e para os visitantes.
  3. Assim, actualmente não existe capacidade económica para criar espaços que possam ser visitáveis. O muito dinheiro que teríamos de investir para conseguir ter visitação, é muito necessário para pagar funcionários, novos equipamentos, alimento, medicação e consumíveis que são essenciais para a sobrevivência dos animais. Assim, agora e no futuro a nossa prioridade será sempre o bem estar dos animais em reabilitação e garantir uma taxa de reabilitação e devolução à natureza elevada.
  4. O CRAM está a desenvolver todos os esforços para construir novas estruturas que sejam excepcionais em termos de qualidade de reabilitação e permitam a visitação de acordo com a portaria dos Centros de Reabilitação.
  5. Apesar de actualmente não ser possível a visitação, é importante que as pessoas que se mostram interessadas em apoiar as nossas actividades, o continuem a fazer, porque cada vez mais o sucesso da reabilitação de animais marinhos passa pelo vosso contributo.